12 de mai. de 2025

Bandeiras Vermelhas

 Já pararam para pensar porquê vc toma as decisões que toma? Por quê se tornou quem é hoje?

Sempre imaginei que eu tinha minha própria linha de pensamento, baseada na minha vivência e no aprendizado que adquiri na vida... mas na verdade os motivos reais de eu ser quem sou são mais profundos. 
Possuímos interferências de pessoas, de experiências, de histórias vividas na infância/adolescência ao longo de toda essa vida. Sempre acreditei que eu pudesse mudar e moldar isso... duvidava que a falta de um pai iria me causar por exemplo dependência emocional e carência de afeto. Duvidei que não ter uma mãe atenciosa e carinhosa fosse me transformar em uma pessoa que busca aceitação de toda forma.

Eu me tornei uma grande mulher, tenho noção das minhas conquistas e realizações. Não falo só de bens materiais ou de ser uma boa profissional... mas sim me tornei uma mulher de princípios, de valores, faço o bem ao próximo, tenho um coração bom.

Mas, em contrapartida disso eu sou boba. Deixo me enganarem, mentirem pra mim. Dou segundas, terceiras, vigésimas chances na intenção de não me magoarem de novo... todavia acontece mais do mesmo. As pessoas me machucam até eu literalmente me cansar, até sangrar tanto que eu não tenho alternativa a não ser fugir...

Minha terapeuta tem me ajudado a entender o porquê disso. E por isso o tema que trouxe no começo desse texto, parte disso é culpa do meu passado, da minha infância. Facilita saber o motivo, o que influencia em eu sempre estar ligada a pessoas que me magoam, que me desrespeitam... mas sabendo, o quê fazer? Eu imaginei que seria mais fácil só mudar a atitude, virar a chave e daí eu atrairia boas pessoas ao meu redor e talvez, um amor leve. 

Mas então hoje consigo reconhecer o mal, mas ainda o escolho. Curioso né?
O que minha terapeuta explicou é: estou acostumada com o comportamento narcisista, o abuso emocional e psicológico portanto para mim é familiar, sei lidar.
O amor e suas atitudes leves, tal como deve ser, é desconhecido para mim e portanto me causa medo, desconfiança e insegurança.

Parece ridículo né? Também achei quando ouvi, mas quando eu parei para raciocinar com calma: É EXATAMENTE ISSO. Estou agora tentando compreender minhas atitudes e lidar com a dependência emocional que eu crio constantemente, aproveitar minha própria companhia e saber impor os meus limites.
 - ISSO eu não aceito, essa atitude eu não perdoo, essa situação não tolero. É isso.

Uma situação ocorreu que me despertou sinal de alerta? Bandeira vermelha. Estou aprendendo a criá-la e a fugir quando a mesmas é erguida.

Sigo tratando a criança que não teve o afeto devido e conduzindo a adulta que está mais perdida que cego em tiroteio.


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