Eu deixo a onde me acertar e o vento vai levando tudo embora ♪
Legião Urbana Me sinto incrivelmente dona de mim mesma quando estou num litoral.
Ver a linha do horizonte, não ver o final da imensidão daquele oceano.
Sentir o vento mostrando o quanto você é livre.
Sentir a maresia a refrescar os pensamentos e as idéias.
Sentir o sol esquentar a pele e render dinheiro aos vendedores de água de côco.
Sentir a onda carregar tudo e te lavar de tudo o que não valia a pena.
Não é morar ou não num litoral. A questão não é essa.
É tê-lo dentro de você.
É não morrer de estudar, é não se matar de trabalhar e no final ver que não tem nenhum propósito isso tudo.
É viver, além de conviver e sobreviver.
Hoje somos urbanos. Urbanos em legião.
Aproveitamos os shoppings, as lojas de conveniência, os carros, a internet, os video-games.
Aproveitamos, usamos e abusamos da futilidade, da sobrecarga, do stress e do tempo que passa rápido e quando se vê: passou.
Não somos como a Legião Urbana, banda consagrada e que canta, toca e e encanta com suas canções e letras conselheiras. Antes fôssemos.
Somos cegos em meio a um tiroteio.
Somos Fortaleza e vivemos Minas Gerais.
Somos vento no litoral e vivemos fumaça de fábricas.
Somos ondas de mar e vivemos piscinas em cloro.
Somos sol e vivemos chuva ácida.
Litoral, rural, urbana que seja.
Mas viva, não sobreviva.
Legião de seres vivos. Legião de vivos.
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